sábado, 28 de dezembro de 2013

Son-Rise

Son-Rise é um programa para tratamento de crianças com autismo ou outras dificuldades de desenvolvimento similares, com uma abordagem relacional, onde a relação interpessoal é valorizada. O programa não é um conjunto de técnicas e estratégias
a serem utilizadas com uma criança, mas um estilo de se interagir, uma maneira de se relacionar que inspira a participação espontânea em relacionamentos sociais. A idéia é que os pais aprendam a interagir de forma prazerosa, divertida e entusiasmada com a criança, encorajando então altos níveis de desenvolvimento social, emocional e cognitivo.

História

No início da década de 1970, nos EUA, o casal Barry e Samahria Kaufman ouviu dos especialistas que não havia esperança de recuperação para seu filho Raun, diagnosticado com autismo severo e um QI abaixo de 40. Eles decidiram, porém, acreditar na ilimitada capacidade humana para a cura e o crescimento, e puseram-se à procura de uma maneira de aproximar-se de Raun.

Foi a partir da experimentação intuitiva e amorosa com Raun, há cerca de 30 anos, que Barry e Samahria desenvolveram o programa Son-Rise. Raun se "recuperou" do autismo após três anos e meio de trabalho intensivo com seus pais. Ele continuou a se desenvolver de maneira típica, cursou uma universidade altamente conceituada e agora é o CEO do Autism Treatment Center of America, fundado por seus pais em Massachusetts, nos Estados Unidos.
Desde a "recuperação" de Raun, milhares de crianças e adultos utilizando o Programa Son-Rise têm se desenvolvido muito além das expectativas convencionais, algumas delas apresentado completa "recuperação". Essa história é relatada no filme Meu Filho, Meu Mundo (1979) que teve por base a história de superação de Raun, através do empenho de seus pais, Barry e Samahria Kaufman.

Críticas


Foi questionado se Raun Kaufman seria realmente autista antes de ser tratado, já que ainda não há cura para o autismo. Não há casos documentados de normalização em crianças mais velhas e é possivel que o sucesso dependa de "um certo nível de potencial intelectual". Alguns profissionais questionam a ênfase posta no contacto visual e os seus potenciais problemas para algumas crianças.

O consenso na comunidade médica é que não há cura para o autismo, e que apenas alguns tratamentos apresentam evidências empíricas de melhoria nos sintomas. Um estudo de 2003 concluiu que a participação no programa Son-Rise levou a mais prejuízos do que benefícios para as famílias envolvidas, embora os níveis de stress familiar não tenham subido em todos os casos . Posteriormente esse estudo foi refutado por não apresentar bases cientificas para tal conclusão. Um estudo de 2007 concluiu que o programa nem sempre é implementado como descrito na literatura, o que sugere que é difícil avaliar a sua eficácia.

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