quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Mudar de vida (para melhor)


Faz hoje precisamente um ano que deixei a minha terra querida. Desde os meus nove anos de idade que morava lá em Trás-os-Montes (arredores de Mirandela) com os meus pais. Senti necessidades de pedir ajuda na minha integração escolar. O apoio não era suficiente, porque cedo descobri que esta integração não foi vista com bons olhos. Fui adorado por alguns, invejado por outros e gozado pela comunidade e nas redondezas.
Tive uma vida bastante complicada recheada de sofrimento. Passando a fase da vida escolar, entrei para o mundo do trabalho. As mesmas coisas me foram sucedendo ao longo dos anos, mas importante referir que tive o apoio incondicional dos meus pais nas etapas mais dolorosas da minha vida.
            Nestes últimos anos quase esmoreci. Tudo parecia desmoronar na minha vida. Entrei em estado de desespero por a minha situação profissional ser constantemente adiada e nunca ter um fim. Esta instabilidade revelou alterações nervosas provocando algumas doenças agudas e outras a nível de humor. Já me sentia quase irreconhecível. A minha vida não fazia grande sentido.
            De repente senti a necessidade de sair dali ou então entregava-me à depressão. Deixei a minha família que tanto gosto e rumei a outras bandas (zona oeste do nosso país), mas com uma enorme mágoa de saudade no coração que levei comigo na bagagem. Após ter passado um ano, sinto-me um virtuoso por ter superado este grande pesadelo em que tudo isto se tinha tornado na minha vida. Felizmente estou com boas respetivas de futuro por ter encontrado uma ocupação e uma vida estável a nível emocional e psicológica. É assim que me sinto feliz!


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